A força por trás do trono

Bom dia!

Depois de ler sobre a prisão da irmã do Senador afastado Aécio Neves, um coisa passou pela minha cabeça: quem será que realmente comandava? Será que Aécio não era uma marionete da irmã? Ou será que ali havia uma união de forças em que um, dotado de carisma atraía o povo enquanto a outra, na coxia, organizava as forças e atacava ou defendia de acordo com o ritmo da guerra política que travavam diariamente? 
Comecei a pensar nisso e percebi que algumas personalidades de sucesso tiveram, na sua trajetória, pessoas assim. Muitas ficam literalmente nas brumas, incapazes de serem vistas, e para eles esse anonimato é um sinônimo de sucesso. Existem pessoas que gostam e preferem trabalhar "nas sombras". 
Vai ter alguém perguntando o motivo de ter usado aspas, mas a resposta é simples. 
Todas as grandes personalidades, todos os homens e mulheres que tiveram, têm ou terão destaque na vida pública em qualquer parte do mundo sempre enfrentarão adversários, inimigos. E alguns deles serão tão obstinados em derrotá-los que farão tudo o que estiver ao seu alcance. Eu disse TUDO. Aquele velho ditado "no amor e na guerra vale tudo" sempre será válido, especialmente quando falamos de política. Por conta disso, algumas pessoas, receosas de sujarem a sua mão, ou por uma simples falta de habilidade com certas situações acabam recorrendo para outras pessoas que, em seu nome atuam, mas por trás das cortinas. 
Pelo pouco que li sobre Andrea Neves, ela é o tipo de pessoa que é capaz de fazer o que for necessário (e fez, segundo seus detratores e inimigos políticos da sua família) para defender o nome de seu irmão, e o sobrenome de seu avô. Avô esse que foi um dos maiores políticos que esse país já teve, (eu realmente gosto do Tancredo, assim como do saudoso Doutor Ulysses, foram homens ímpares na nossa história recente, mas voltando ao texto...) e que abriu portas para Aécio, acredito eu. Por conta disso, Andrea, segundo a reportagem da Folha, tratou de usar todos os meios necessários para blindar seu irmão contra ataques de inimigos políticos, dentro ou fora do partido. Enquanto seu irmão foi governador, entre os anos de 2003 à 2010, ela usou toda a sua influência para manter toda a mídia mineira sob rédia curta, garantindo que houvesse irrestrito apoio e fidelidade ao governador. Qualquer um que fizesse uma linha falando mal dele sera sumariamente cortado. 
Uma estrategista formidável, criou o Aécio que todos nós conhecemos na política e que quase foi presidente. O mais engraçado era o que estaria reservado para ela se o irmão esteve agora no Alvorada. Isso é algo que jamais saberemos.
Infelizmente, todos os impérios caem. Isso ocorre também com os políticos. Ou acabam se afastando da vida pública por vontade própria ou são forçados a isso. Existem aqueles que voltam, mas sem a mesma força de antes. Ainda é muito cedo para dizer se o Aécio vai ou não sair da vida pública pela porta dos fundos, mas limpo ele não sai. Nem ele, nem sua irmã, nem o bom nome de seu avô.

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