Rápidas considerações do Natal

O natal chegou, e com ele chegou também o momento de tirar o pé da lama e jogar no balde de pregos que são as famosas “contas de fim de ano”! sinceramente, após alguns (muitos) anos parei para refletir a real importância do natal. Depois de muito pensar, vi que o natal perdeu totalmente a sua maior característica: a união entre as pessoas. Não quero entrar na parte histórico social religioso do assunto, mas é engraçado que mais nos preocupamos em dar presentes para as pessoas do que passar o tempo juntos.

E o mais engraçado é o apelo comercial que fazem do natal. Praticamente falam que se não compramos presentes para as pessoas que são próximas a nós, sou um pão-duro safado que não tem coragem de gastar com quem amamos. Mas a verdade é que natal não é sinônimo de presentes. Para os católicos o natal é o nascimento de Cristo, e sua data deve ser lembrada sempre.

Os presentes trocados simbolizam os presentes que Jesus recebeu dos reis magos, e blá blá blá. A questão que nos aflige é: por mais que sejam tradições, isso se tornou o grande mote do comércio, que usam todo o apelo comercial no natal. O que isso quer dizer? O comércio se “apropriou” (o termo é forte, mas não achei nenhum melhor) de uma data comemorativa pra alavancar resultados.

É só vermos como tratamos a figura mais importante do natal atualmente, que desbancou Jesus em todos os aspectos: o Papai Noel. Ainda hoje, na ceia de natal, a minha mãe faz uma coisa que eu gosto muito: ela faz um bolo, e canta aniversário. Sabe pra quem? Exatamente, para Cristo. Tem muita gente que vai falar é isso é idiotice, e quero que esse povinho se exploda!

Da forma dela, a minha mãe não se esqueceu quem veio ao mundo no natal (mesmo estudando história e lendo vários artigos e textos falando que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro e La La Li La La Ló, gosto de acreditar na “versão oficial” dos fatos). Muitos nem sabem real motivo do natal, apenas compram e desejam feliz natal para os parentes e amigos, e muitas vezes da boca para fora. O que acontece com o natal é a mesma coisa que acontece com a páscoa: se transformou apenas em uma data para alavancar resultados.

Eu poderia falar que isso é culpa dos empresários malignos, das corporações do mal, e qualquer outra coisa idiota e sem sentido. Mas isso é apenas um efeito de um sintoma do nosso modo de vida atual. Qualquer data pode ser aproveitada para alavancar as vendas. Veja por exemplo o dia das mães, ou o dia dos pais. Nunca, em nenhum momento, essas datas vão cair em um dia da semana, para não prejudicar as vendas, sempre vai cair no segundo domingo do mês, pra ajudar a aumentar o consumo! Até mesmo os meses que abrigam esses abrigam essas comemorações (maio e agosto, respectivamente) podem ser considerados meses chaves para o comércio, pois maio é o final do primeiro semestre, e fica na metade do segundo trimestre do ano, enquanto agosto fica bem no começo do segundo semestre, e na metade do terceiro trimestre.

Finalizando, quero deixar bem claro que não tenho nada contra o ato de se festejar o natal, apenas não gosto do rumo que essa comemoração tomou, e da forma que entendemos o natal.

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