Plebiscito no Pará

Nas últimas semanas, foi realizado Pará um plebiscito sobre a criação ou não de dois novos estados: Tapajós e Carajás. O resultado foi (segundo ao meu ver óbvio) a vitória do “Não” para a criação dos novos estados. Seria burrice não falar aqui que as pessoas engajadas na criação desses novos estados não ficaria chateada, triste, desiludida com esse “balde de água fria” nas suas intenções. Mas tem uma pergunta que não a sai da minha cabeça, quando penso no assunto: por que tem gente querendo dividir o estado do Pará em 3? Não tem estado demais esse Brasil não? Após um breve estudo sobre o caso, achei estranho que dois fatores sempre me levavam a uma mesma conclusão: a de que esses estados eram uma grande furada.


Passei a ler algumas matérias na página de notícias da UOL sobre o plebiscito, mas não consegui achar nenhum motivo político ou econômico que fosse relevante para a separação dos estados, somente declarações falando sobre o fim da injustiça social e da miséria. Se essas medidas fossem realmente eficazes contra a miséria e a injustiça social, o Brasil teria mais de cem estados. Além disso, existe um fator que deixava claro a idéia de merda de divisão: receita.

Caso os novos estados passassem a existir, teríamos 3 estados endividados, e tendo que recorrer a ajuda do governo federal. Isso só mostra que criar novos estados não resolve problema nenhum. Além disso, outro pensamento rondou a minha mente enquanto fazia a minha pesquisa sobre o assunto: quem poderia ganhar com essa divisão? Ta na cara que esses novos estados teriam que ter sua representação no Senado e na Câmara dos Deputados e que, fatalmente, poderiam ajudar o governo ou a oposição. E como toda ajuda é cobrada no reino do faz-de-conta que também chamamos de Brasília, podemos ver que esses novos estados poderiam muito bem servir como cabide de empregos, desvio de verbas, e outras coisas que apenas pessoas de garbo e elegância fazem.

Pessoalmente fiquei muito feliz com o resultado do plebiscito, pois mostra que os brasileiros não são tão ingênuos como acreditam muitos por aí, e que as pessoas não estão mais fazendo os mesmos erros de antes, e apenas votarem por votar.

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